Bagagem

Fico feliz com os amigos que apareceram e comentaram (ou não) o post anterior. Acho importante entendermos nossas tristezas e fazer disso uma bagagem que, de vez em quando, temos que deixar pelo caminho.

É como subir uma montanha. Ou seja, à medida que a gente sobe mais alto, temos que deixar de lado cada vez mais bagagem. Nas planícies a gente pode carregar muita bagagem, mas quando começarmos a subir temos que decidir o que não é necessário e deixar essas coisas de lado. Em altitudes ainda maiores, mais coisas terão que ser abandonadas.

Quando Edmunod Hillary atingiu o pico Everest, ele não tinha bagagem alguma. Estava lá, de pé, sem nada porque aos poucos tudo teve que ser deixado para trás. Quando ele começou, havia tantas coisas e tanto equipamento, máquinas, tanques de oxigênio, etc. Ele possuía uma mente científica, então carregava toda aquela bagagem, acompanhado por cinqüenta carregadores. Mas aos poucos, em cada acampamento, algo tinha que ser deixado para trás, porque estava se tornando impossível continuar. Já era muito ter que carregar a si próprio. De pé, no topo do Everest, ele estava completamente sem bagagem.

Nos mais altos picos é preciso não carregar peso algum.

Isso nos faz conquistadores de nossos sonhos.